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O Projeto Infância é um espaço destinado ao desenvolvimento infantil subdividindo-se em Projeto Infância: Desenvolvendo as Múltiplas Linguagens da Criança e Projeto Infância: Brinquedos Educativos. Tem por finalidade trabalhar em busca de uma infância melhor orientada, oferecendo em seu espaço físico propostas que venham contribuir com o desenvolvimento global da criança. O Projeto Infância: Desenvolvendo as Múltiplas Linguagens da Criança, constituí-se de uma clínica multiprofissional de atendimento infantil. Esta equipe conta com profissionais especializados no atendimento de crianças com deficiências e Transtorno Global do Desenvolvimento. Realiza atendimentos clínicos e pedagógicos, além de trabalhar com projetos (cursos, palestras, grupos de estudos, rodas de conversas) que têm como objetivo promover o desenvolvimento da infância contemporânea. O Projeto Infância: Brinquedos Educativos vêm reforçar a preocupação com o desenvolvimento infantil, com o consumismo e a qualidade dos brinquedos oferecidos às nossas crianças, apresentando recursos lúdicos diferenciados, que além de divertir venham também contribuir com um aprendizado significativo desde a primeira infância.

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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Neuropsicopedagogia

1) O QUE É A NEUROPSICOPEDAGOGIA?
A Neuropsicopedagogia é uma área de conhecimento e pesquisa na atuação interdisciplinar, voltada para os processos de ensino-aprendizagem, que integra avaliação e a intervenção em situações que envolvam esses processos no plano individual ou coletivo. Ela ainda é considerada uma práxis (prática fundamentada em referenciais teóricos) e não uma ciência. Entende-se como:

“Área de estudo das neurociências na qual objetiva a análise dos processos cognitivos, potencialidades pessoais e perfil sócio – econômico, a fim de construir indicadores formais para a intervenção clínica frente aos educandos padrões com baixo desempenho e que apresentam disfunções neurais devido a lesão neurológica de origem genética, congênita ou adquirida.”

ROTTA Apud COSENZA:2010 

2) O QUE DIFERENCIA A NEUROPSICOPEDAGOGIA DA PSICOPEDAGOGIA?

A Neuropsicodepagogia:

Sua análise está inserida no contexto em que se desenvolve o processo de aprendizagem; a leitura dos problemas que emergem da e na interação social voltada para o sujeito que aprende; busca compreender os fatores que intervêm nos problemas, discriminando o particular e o geral, o específico e o universal, na busca de alternativas de ação para uma mudança significativa nas posturas frente ao ensinar e ao aprender, pautada em uma essência específica e diferenciada da psicopedagogia. 

A Psicodepagogia:

Área de estudo da neuropsicologia que avalia,diagnostica, estuda e intervenciona frente a aprendizagem humana e suas intercorrências considerando a compreensão do sujeito enquanto aprendiz, dotado de complexidades, peculiaridades e inseguranças, sendo obrigado a tomar decisões avaliativas além ou aquém de sua realidade cognitiva.
RUBINSTEIN Apud SCOZ:2007

3) ONDE ATUARÁ O NEUROPSICOPEDAGOGO?

O profissional poderá desempenhar funções como:

• Modalizar patogênia frente aos T.A.S;

• Reorganizar fases neurais frente aos T.A.S, refazendo engramas equivocados devido a lesão neurológica;

• Identificar panorama cognitivo pós lesão a fim de adequar o currículo;

• Promover adequação emocional do educando com síndromes neurológicas / condições neuropsiquiátricas ao contexto de grupo.

• Assessoramento técnico frente a instituições voltadas ao trabalho de Educação Especial Inclusiva, Atendimento Clínico ou, em mais recente proposta, no apoio ao trabalho com a Saúde Mental.

O especialista em Neuropsicopedagogia terá as seguintes competências:

• Atuação frente ao desenvolvimento cognitivo humano e profilaxia frente os T.A.S;

• Elaborar publicações científicas frente as técnicas de reabilitação / prognóstico em periódicos da área ou afins;

* Postura Interdisciplinar,dinamismo e ética;

• Visão sistêmica dos processos;

• Polivalência teórica mantendo a especificidade em sua área de atuação;

• Elaborar pareceres técnicos,laudos e outras comunicações profissionais;


• Produção de saberes a partir de capacitações e reflexões frente a sua práxis;


Fernanda Nascimento
Neuropsicopedagoga do Projeto Infância

projeto.infancia@hotmail.com

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

A Contribuição Da Psicopedagogia Para O Processo De Alfabetização E Letramento

Autor: Edilene dos Santos Costa

1.0 INTRODUÇÃO

 

            Pretende-se no referido artigo analisar o processo e as concepções da leitura e escrita numa perspectiva psicopedagógica , assim como também, levar em consideração todos os aspectos relevantes de determinadas atividades, tanto para o educando quanto para o educador na escola.

            Sabemos que a criança passa por uma série de desafios até que a aprendizagem da leitura e escrita se concretize, um dos desafios encarados pelos educadores atuais é a socialização com o outro e com o meio escolar. Daí se percebe que cabe ao educador e educando envolver-se e pensar naquilo que presencia constantemente na escola, para que a partir destes desafios e realizações a aprendizagem aconteça naturalmente sem restrições e inseguranças.

            A aprendizagem da leitura e escrita tem sido encarada pelos educadores atuais como um desafio de tão grande complexidade que merece atenção especial. Antigamente, poucas preocupações se tinham com este processo. Porém, nas últimas décadas este vem sendo um ponto chave para discussão.

            De forma geral, a Psicopedagogia trouxe contribuições para as discussões sobre a aprendizagem da leitura e da escrita e tem trazido grandes reflexões, principalmente no caso dos problemas que normalmente atingem as crianças em fase de alfabetização.

 

 

2.0 A APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA

 

A aprendizagem da leitura e escrita, nos dias de hoje, tem se tornado cada vez mais acessível, visto que é considerada uma atividade essencial para a comunicação humana. Nos diversos aspectos do ensino-aprendizagem, seja do conhecimento formal ou informal, de modo que temos muitos meios influenciáveis aos processos citados, a exemplo dos tipos de escritos existentes no meio social e os de ordem sistemáticos utilizados na escola. Assim, cabe aos indivíduos interagirem com os recursos existentes para que o uso da leitura e da escrita esteja presente.

O domínio de tais habilidades, além de permitir ao homem uma melhor compreensão do seu universo, leva-o a encarar com outros olhos, horizontes que considerava antes não existirem, a exemplo das informações jornalísticas, científicas, etc.

Dominar a leitura e a escrita, nos dias de hoje, é relacionar fatos, tendo em vista, sempre, objetivos a alcançar. Assim, podemos afirmar que para atuar em meio às sociedades com o domínio da leitura e escrita é preciso ter determinação e objetivos, pois a leitura e a escrita só são importantes porque têm grande utilidade nas relações humanas, comunicação e socialização tanto com os outros quanto com os elementos que surgem constantemente e cada vez mais elaborados.

Teberosky e Colomer (2003, p. 27) afirmam que:

As situações de interação cotidiana, quando se vai às compras, por exemplo, quando se guardam na cozinha as mercadorias adquiridas ou quando se prepara a refeição, que podem ser uma oportunidade para aprender outras formas de classificar e interagir com o texto escrito.

 

Nota-se que os meios, tanto de comunicação escrita, como o acesso à tevê, rádio e computador, todos têm a sua relevância no universo do leitor, pois para desenvolver as demais atividades de leitura e escrita, principalmente com mais facilidade é necessário que se conviva constantemente com elas no intuito de praticá-las devidamente e levar a sério suas funções na escola e na sociedade.

O domínio da leitura e da escrita requer esforço dos alunos que fazem parte do espaço escolar e social, pois sem o seu domínio de tais atividades fica difícil entender o que se apresenta constantemente.

Os tipos de informações são diversificados, quer seja em casa, na rua ou na escola. Teberosky e Colomer (2003) destacam que outro tipo de material consiste nos portadores de textos encontrados em casa, a exemplo dos rótulos, signos, marcas e logotipos feitos sobre embalagens impressas de uma grande diversidade de materiais como: papel, madeira, lata, vidro, plástico, pano, cerâmica, etc. e também folhetos, material publicitário, manuais com diversas fontes e cores.

Temos em meio às sociedades uma diversidade infinita de textos, produzidos pelo próprio homem e que servem de suporte para a prática informal da leitura. Interpretar as leituras apresentadas diariamente é tarefa fundamental para aqueles que consideram que a aprendizagem tanto da leitura quanto da escrita é essencial para uma melhor qualidade de vida. As leituras feitas diariamente também têm, além da sua relevância para o processamento de informações úteis, influência sobre o comportamento humano, nas suas colocações, participação ativa em assuntos que tem mais intimidade. Isso acontece quando o leitor se depara com assuntos que compreende sua função, bem como outros aspectos ligados ao conteúdo em destaque. Em suma, a leitura é a arte de compreender os escritos e os escritos cumprem em sua grande maioria com uma função social, seja de ensinar, informar, comover, etc.

 

3.0 O processo de alfabetização e letramento na escola

 

            O desafio de alfabetizar e letrar na escola para Simonetti (2005) é o de conseguir que as crianças leiam e escrevam de forma espontânea, criativa, construtiva e que possam inserir-se no universo da cultura escrita. Nesse sentido a autora ainda se ainda se posiciona completando que para nós, alfabetizar e letrar na Educação Infantil é, antes de qualquer coisa, provocar e despertar nas crianças o desejo além do prazer de ler e escrever, inserindo-as de forma dinâmica no universo da leitura e da escrita. Soares apud Simonetti (2005, p.14) ressalta, chamando atenção para:

... a última avaliação do (SAEB) Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica , denunciando que aproximadamente 33% dos alunos com quatro anos de escolaridade são analfabetos, ou seja, a criança termina analfabeta a 4ª série. Além do que os alunos chegam à 8ª série com nível de escolaridade insatisfatório. Apresentamos esses dados estatísticos para não nos acostumarmos com essa situação, mesmo que se diga: “Ah, isso a gente já sabe...” Sabemos, mais o que fazemos? Na maioria das vezes nada, apenas nos acomodamos.

 

 

            A preocupação da qualidade do ensino da leitura e escrita deve ser uma preocupação tanto da escola quanto da família e da própria sociedade, de modo que se tenha um ideal coletivo referente à qualidade do ensino de determinadas atividades, pois, vivemos numa sociedade politicamente democrática, onde os indivíduos tem liberdade de expressar os seus pensamentos e idéias sobre assuntos relevantes para o andamento e a boa qualidade do ensino no país.

            O processo de alfabetização e letramento como atividades que fazem parte da vida dos indivíduos de forma direta, no caso tanto na escola como na sociedade. Uma criança em seu contexto escolar está sujeita ao domínio da leitura e escrita, visto que é através do processo de alfabetização que a criança ou o adulto analfabeto na escola passa a encarar as letras não como unidades isoladas, mas sim como uma parte de um todo.

 

 

 

 

 

4.0 Como a psicopedagogia pode ajudar no processo de alfabetização e                        letramento

                Sendo a Psicopedagogia responsável pelos métodos estratégicos para crianças com dificuldades na aprendizagem, pode-se afirmar que a sua função na escola, em especial no processo de alfabetização e letramento é mediar as capacidades das crianças, levando-as a partir daí a sentir-se estimulada através da escola juntamente com o professor psicopedagogo numa construção significativa e de acordo com a sua capacidade de desenvolvimento.

No ensino-aprendizagem da alfabetização e letramento nas escolas hoje é notório as teorias da aprendizagem baseadas nos princípios psicogenéticos a exemplo do PCN (1997, p. 43) que explica:

     

            Conforme a concepção acima mencionada, podemos perceber claramente a relevância da psicologia genética na compreensão do processo de desenvolvimento da criança, isso implica afirmar que as escolas atualmente estão oportunizadas a adotarem meios assegurados não apenas pelo educador individualmente, mas sim pelo conjunto de idéias advindas de estudos voltados para as necessidades especiais envolvendo a criança e a sua aprendizagem.

            No processo de alfabetização e letramento a Psicopedagogia contribui levando o educador a refletir sobre os seus atos como professor e avaliador da aprendizagem de crianças com dificuldades tanto de aprendizagem quanto de outras habilidades ligadas direta e indiretamente à escola envolvendo a escrita.

            A Psicopedagogia como uma atividade voltada para um atendimento personalizado àqueles alunos que merecem uma atenção especial, exerce forte influência em todo o processo de ensino-aprendizagem, visto quer através da valorização do aspecto cognitivo como foco de reflexão. Tanto o educador quanto o aluno passam a viver experiências relevantes não apenas para o processo de ensino-aprendizagem na escola, mas também para uma convivência maior que envolve o indivíduo e o seu meio numa construção significativa de aprendizagens através das experiências vivenciadas diariamente com o mundo e com as coisas nele existentes.

 

 

5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

            A contribuição da Psicopedagogia no processo da alfabetização e letramento nos dias de hoje tem sido destaque nas escolas em geral. Isso porque através de estudos da pedagogia juntamente com a psicologia o atendimento à criança com necessidade de atendimento especial se aperfeiçoou, visto que uma das preocupações dos educadores e envolvidos diretamente ao processo de ensino-aprendizagem está centralizado no desenvolvimento cognitivo do aluno nas diversas modalidades de ensino.

            Evidentemente, tais afirmações têm relações com o objetivo que se fundamenta às escolas, de modo que o aprendizado do aluno esteja sempre voltado para um fim significativo e promissor. Os problemas da educação vêm de muito tempo se apresentando nas sociedades e os interesses dos educadores pelos problemas psicológicos no processo de ensino da leitura e escrita, assim como qualquer outra atividade mediada pela escola ainda está em foco, pois o objetivo do professor é fazer com que o seu aluno aprenda, independentemente de cor, raça, classe social ou diferenças individuais, no caso, necessidades relevantes de apoio maior e mais qualificado.

            O desafio da Psicopedagogia no processo de ensino-aprendizagem, em especial no campo da leitura e da escrita, tem sido o de encarar com naturalidade os problemas enfrentados na escola com crianças com dificuldades de desenvolvimento cognitivo, porém, do outro lado, a escola atualmente investe em saídas mais humanas, no caso a preparação profissional do educador para lidar com problemas psicológicos que antes era considerado um desafio bem maior e em muitos casos, sem saída para o educador, visto que a deficiência não só era do aluno em se desenvolver nas atividades propostas pela escola, mas também do educador em encarar as diferenças individuais como um fator relevante a se pensar no ensino como oportunidade de integração social dos educandos com necessidades de atendimentos mais qualitativos, no caso, psicológicos. 

              

                                                    REFERÊNCIAS

 

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais. Língua portuguesa. Ensino de primeira à quarta série. Brasília: MEC/SEF, 1997.

______. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997.

SIMONETTI, Amália [et. al.]. O Desafio de Alfabetizar e Letrar. Fortaleza: Edições Livro Técnico, 2005.

TEBEROSKY, Ana & COLOMER, Teresa. Aprender a ler e a escrever: uma proposta construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2003.

 

 

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Perfil do Autor

Edilene dos Santos Costa possui Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, é pós-graduada em Psicopedagogia pelo Centro Integrado de Tecnologia e pesquisa, possuindo vários cursos na área de educação onde atua por 6 anos.