Educar, para muitos pais, tem sido quase uma “missão impossível”. Compreender alguns comportamentos que os filhos vêem apresentando, por vezes não é uma tarefa fácil. Modificá-los então, tarefa ainda mais árdua.
Bom seria se houvesse uma receita pronta onde pudéssemos seguir, passo a passo, e o resultado final, fosse o tempero exato de um bom filho, não é mesmo?
Infelizmente, uma receita detalhada não se tem, mas com toda certeza, dois ingredientes são fundamentais para um resultado satisfatório: AMOR e LIMITE. Embora ambos na medida certa. Se exagerarmos no Amor, o “filho” tem grandes chances de não ficar firme, forte e pode “desandar” e se por acaso, faltarmos no Limite, com certeza não ficará fácil de engolir.
E como saber qual seria esta “medida certa”?
Comumente, escutamos dizer que se amam os filhos incondicionalmente e de forma não mensurável. Até então, nada de inadequado até porque o Amor é um dos ingredientes indispensáveis. O amor deve existir, mas não deve impedir que o senso de justiça e o respeito ao próximo fiquem em segundo plano, quando o envolvido seja o filho.
Poder reconhecer que a atitude de seu filho não foi adequada, mesmo que a do colega dele também não tenha sido, é colocar a medida certa de amor e limites para encontrar o tempero desejado na educação.
Outro sentimento corriqueiro, quando o assunto é educar, é o de culpa, também nomeado pelos pais como “dó” ou “pena”. Exemplos de situações onde tal sentimento poderia se manifestar é quando se precisa dizer um “não” sabendo que teria dinheiro para mais aquele carrinho tão baratinho que ele pediu, ou quando o obriga a dormir em seu quarto mesmo que o pai esteja viajando, e a cama esteja tão vazia...
Estabelecer limites, não é castigá-lo, é orientá-lo e fortalecê-lo internamente. Estabelecer limites é uma maneira acertada de “utilizar” este amor inexplicável existentes nos pais. Portanto, os sentimentos de culpa não devem influenciar a ponto de deixar faltar o outro ingrediente fundamental, o Limite.
Imaginemos uma balança de dois pratos com os dois pesos: Amor e Limite. Se o amor pesar mais, faltará Limite para que os dois cheguem a uma mesma medida e equilibrem a balança. Caso o excesso esteja no Limite, certamente estará faltando Amor.
Sendo assim, esta é a medida certa. O equilíbrio entre o amor e o Limite.
Damiane Junqueira finotti
Psicoterapeuta Infantil – Psicopedagoga – Esp. Educação Infantil
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